MARO BRANCO - Amaro Branco
- Larissa Andrade
- 26 de nov.
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Atualizado: há 2 dias
O bairro do Amaro Branco, em Olinda, é um dos territórios mais importantes para a preservação da cultura afro-brasileira em Pernambuco. Historicamente, a região se consolidou como um quilombo urbano, ou seja, uma comunidade formada por descendentes de africanos escravizados que resistiram à opressão colonial, preservando práticas culturais, religiosas e sociais mesmo em meio à vida urbana.
Essa tradição quilombola é visível nas manifestações culturais do bairro, como os diversos Cocos e Mestras e Mestres do Coco que nasceu da criatividade da comunidade, reunindo moradores em torno de das rodas de dança e música. Essas manifestações reforçam a identidade, o pertencimento e a memória coletiva da população local.
Além da arte e da música, o Amaro Branco mantém forte presença da religiosidade de matriz africana, com terreiros que atuam como centros de ensino, memória e solidariedade. Neles, são realizados rituais, oficinas, atividades culturais e educativas, garantindo que as tradições afro-brasileiras sejam transmitidas às novas gerações.
O bairro também é um exemplo de resistência cultural. Apesar das dificuldades históricas, como marginalização urbana e falta de políticas públicas, a comunidade conseguiu preservar sua herança quilombola, suas festas, sambadas e cortejos. Essas atividades mostram como a cultura negra se adapta e se renova, mantendo vivos os valores e saberes africanos.
Hoje, o Amaro Branco é reconhecido como um território de memória, resistência e criatividade negra, onde manifestações como o Coco convivem com a religiosidade, a solidariedade e a história quilombola, fortalecendo a identidade e visibilidade da comunidade negra em Olinda.




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