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MARO BRANCO - Amaro Branco

Atualizado: há 2 dias

O bairro do Amaro Branco, em Olinda, é um dos territórios mais importantes para a preservação da cultura afro-brasileira em Pernambuco. Historicamente, a região se consolidou como um quilombo urbano, ou seja, uma comunidade formada por descendentes de africanos escravizados que resistiram à opressão colonial, preservando práticas culturais, religiosas e sociais mesmo em meio à vida urbana.

Essa tradição quilombola é visível nas manifestações culturais do bairro, como os diversos Cocos e Mestras e Mestres do Coco que nasceu da criatividade da comunidade, reunindo moradores em torno de das rodas de dança e música. Essas manifestações reforçam a identidade, o pertencimento e a memória coletiva da população local.

Além da arte e da música, o Amaro Branco mantém forte presença da religiosidade de matriz africana, com terreiros que atuam como centros de ensino, memória e solidariedade. Neles, são realizados rituais, oficinas, atividades culturais e educativas, garantindo que as tradições afro-brasileiras sejam transmitidas às novas gerações.

O bairro também é um exemplo de resistência cultural. Apesar das dificuldades históricas, como marginalização urbana e falta de políticas públicas, a comunidade conseguiu preservar sua herança quilombola, suas festas, sambadas e cortejos. Essas atividades mostram como a cultura negra se adapta e se renova, mantendo vivos os valores e saberes africanos.

Hoje, o Amaro Branco é reconhecido como um território de memória, resistência e criatividade negra, onde manifestações como o Coco convivem com a religiosidade, a solidariedade e a história quilombola, fortalecendo a identidade e visibilidade da comunidade negra em Olinda.


Bairro do Amaro Branco_Foto: Robert Swanton_OLINDA ANTIGAMENTE.jpg
Bairro do Amaro Branco_Foto: Robert Swanton_OLINDA ANTIGAMENTE.jpg




 
 
 

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